O crepúsculo do Direito Brasileiro.
Recomendo
fortemente o livro, ” Inquérito do Fim do Mundo – O apagar das luzes do Direito
Brasileiro” Nele, se descreve o inquérito 4.781, apelidado de ‘O inquérito do
Fim do Mundo”, pelo ex-Juiz do Supremo, Marco Aurélio Melo. Antes que o
ministro Flavio Dino proíba, pode-se ler na contracapa, que a obra é uma
denúncia e um registro histórico do crepúsculo do Direito Brasileiro, tamanhas
as violações às liberdades individuais e os ataques à vontade da população.
Somos
advertidos que, uma vez derrubado o Direito, um dos pilares da civilização
ocidental, retrocederemos à barbárie. Foi publicado agosto de 2020 e, quando
examinamos o que ocorre hoje, a conclusão óbvia é de que, de lá para cá, as coisas
só pioraram. Em brilhante texto, a ex-juíza de Direito do Trabalho do Tribunal
de Minas Gerais, Ludmila Lins Grilo, observa que “a liberdade do nosso povo
está sendo suprimida à luz do dia. E que, nunca se teve notícia de tamanho
temor da população em exercer suas liberdades, especialmente no que diz
respeito à sua liberdade de expressão” Ludmila Grilo conta que está exilada nos
Estados Unidos desde novembro de 2022 e foi afastada do cargo por perseguição
política orquestrada pela alta cúpula do judiciário.
O texto do Procurador de
Justiça e professor de Direito Penal, Marcelo Rocha Monteiro, é didático ao
explicar cada erro no processo 4.781, para concluir que temos hoje uma bizarra
coleção de ilegalidades, como investigação instaurada pelo Poder Judiciário, o
que viola o sistema acusatório e compromete a neutralidade do juiz que, por sua
vez, acumula as funções de investigador e magistrado e, também vítima dos
supostos delitos.
O Procurador conclui que não estamos diante de formalidades
menores, porque trata-se do devido processo legal. O livro adverte que se
aceitarmos esse caminho será o fim do Direito tal como o conhecemos e
defendemos. Como diz o livro somos empurrados de vez, para crepúsculo do
Direito brasileiro.
Vicente Lino.
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