quinta-feira, 14 de novembro de 2024

 A batalha da credibilidade do jornalismo.


Em artigo, para a Gazeta do Povo, o advogado Carlos Alberto Difranco, fala sobre o declínio da credibilidade da imprensa. Ele cita a decisão de Jeff Bezos, proprietário do jornal Washington Post, de publicar uma autocrítica ao trabalho da mídia tradicional, capaz de suscitar saudável reflexão. Carlos Aberto sustenta que o cenário do consumo da informação preocupa e exige reflexão, autocrítica e coragem.

 E que todos, sem exceção, percebem que chegou para o jornalismo a hora da reinvenção. É impossível não concordar, quando ele afirma que a sociedade está cansada do clima de militância que tomou conta da agenda pública, onde sobra opinião e falta informação. De fato, estamos cansados de afirmações categóricas e pouco fundamentadas, declarações de “especialistas” e uma overdose de colunismo. A perda da credibilidade da imprensa tradicional, não se deu somente pelo crescimento das redes.

 O fato, é que o avanço das redes sociais e das plataformas independentes permitiu que as pessoas tivessem acesso a uma variedade maior de perspectivas e até pudessem compartilhar suas próprias experiências. Essa pluralidade de vozes trouxe um novo tipo de "checagem de realidade. É por ali que a gente pode comparar o que é reportado com o que a gente vê e sente. Cá entre nós, nos últimos anos as coberturas da grande imprensa foram tendenciosas e descoladas da realidade.

 Os grandes veículos de comunicação têm sua credibilidade afetada, quando reforçam suas próprias narrativas e falam para um público restrito. Infelizmente, a grande imprensa apoia esforço dissimulado do governo para calar as redes e tentar nos fazer acreditar que só ele, o governo, sabe o que é verdade. A sociedade precisa ficar atenta e reagir de maneira a impedir que o controle excessivo sobre as redes possa ser usado para censurar críticas, silenciar opositores e impedir que informações importantes sobre a atuação governamental venham a público. Mais que passou da hora.

Vicente Lino.

 


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