O ex-presidente do Peru foi condenado a 20 anos de prisão no caso Odebretch.
O ex-presidente do Peru Alejandro Toledo, acaba de ser condenado a 20 anos e seis meses de prisão pelos crimes de conluio agravado e lavagem de dinheiro no caso da Empreiteira Odebrecht. A sentença foi proferida pela Corte Superior Nacional de Justiça Penal Especializada, presidida pela juíza Zaida Pérez. O então presidente havia sido acusado de ter favorecido a Odebrecht na concessão das obras dos trechos 2 e 3 da Rodovia Interoceânica Sul, em troca de uma propina de US$ 35 milhões.
Coisa parecida com o que ocorreu no Brasil. Como se vê, a empresa brasileira agiu em outros países rigorosamente da mesma maneira que agiu por aqui. Incomoda saber que somente as consequências e resultados é que são diferentes. Por aqui, para não pegar cadeia a moçada da Odebretch confessou os crimes e aceitou acordos com multas milionárias. A diferença talvez esteja entre as Cortes de Justiça do Peru e Alta Corte do Brasil. Para a indignação e tristeza do Brasil decente, o ex-advogado do PT, hoje Ministro do STF Dias Toffoli, anulou todos os atos vinculados à Lava Jato, além de determinar o trancamento de todas as ações em curso. Segundo ele; é "incontestável" que houve um conluio entre acusação e defesa nos processos da Lava Jato, que violou os direitos de Odebrecht. Não satisfeito, sua excelência suspendeu as multas de R$ 8,5 bilhões impostas à Empreiteira.
Quando a gente imaginava não descer mais, as construtoras Odebretch, Andrade Gutierres e UTC, apesar da roubalheira estão habilitadas novamente para negociar contratos com a Petrobrás. Chegamos a profundidade abissal. Lá no Peru, o promotor José Domingo Pérez, declarou que “a prisão do ex-presidente; é uma mensagem de que não deve haver impunidade em nosso país, que os crimes, a corrupção, são punidos”. Com a operação Lava Jato, no Brasil chegamos a acreditar que todos eram iguais perante a lei. Durou pouco tempo.
Vicente Lino
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