segunda-feira, 22 de agosto de 2022

  O SISTEMA REAGE E CONDENA

 AUTORIDADES DA OPERAÇÃO LAVA JATO.


Na quarta–feira, dia 10, o Tribunal de Contas da União condenou os procuradores e ex-procuradores que atuaram na força-tarefa da Operação Lava Jato, incluindo Deltan Dallagnol, a devolver aos cofres públicos o dinheiro relativo ao pagamento de diárias recebidas durante a operação. O caso, teve como relator o ministro Bruno Dantas, indicado por nada menos que Renan Calheiros para o Tribunal.
 É assustador o mal que Renan faz ao Brasil, ele mesmo investigado e processado em dezenas de inquéritos que, por enquanto ainda não deram em nada. O valor da condenação soma quase R$ 3 milhões de reais e escancara o ponto chegamos com a soltura dos criminosos, em escala industrial e, agora, a perseguição implacável àqueles que realizaram extraordinário trabalho, contra a roubalheira instalada no aparelho do Estado brasileiro.
 O desrespeito ás leis só faz aumentar, quando constatamos que a decisão contrariou 12 pareceres do Ministério Público Federal e do Ministério Público que atua junto ao Tribunal de Contas da União. Além de ressaltar regularidade nos procedimentos, os pareceres lembram que os pagamentos são equiparados aos dos juízes quando convocados para atuar no Supremo Tribunal Federal (STF).  Todos recebem as mesmas diárias.
 A diferença agora é que Deltan Dalagnol e sua equipe prenderam criminosos de colarinho branco e isto o tal sistema não permite. Tem mais: O relator do processo, o ministro Bruno Dantas, este ano já gastou do nosso dinheiro R$ 261 mil reais com diárias e passagens aéreas para inúmeros países, e outros três ministros da Segunda Câmara do TCU que participaram do julgamento foram investigados pela Lava Jato. Concordamos com o senador Eduardo Girão.

 Ele afirma que essa condenação é mais um capítulo sórdido de perseguição explícita, com requintes de vingança aos policiais, aos juízes e procuradores responsáveis pela força-tarefa, o maior legado histórico no enfrentamento a essa chaga da corrupção, que deixa o nosso país de joelhos para o mundo. Há um movimento que defende o fim de indicação política para os cargos de ministros do TCU, do STF e do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Seria ótimo. Nossos netos, livres das indicações por por políticos, viveriam num país mais justo.

Vicente Lino

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