quinta-feira, 7 de julho de 2022

 OS MINISTROS DO SUPREMO CORREM O MUNDO, MAS NÃO TRAZEM A CONFIANÇA DE VOLTA.

 


 

Depois de Luís Roberto Barroso e Ricardo Lewandovsky, o ministro Edson Fachin foi ao exterior falar sobre o Brasil. Como nas apresentações anteriores, eles se acham muito certos. Fachin teve a ousadia de afirmar que, a depender do resultado das eleições, vamos ter por aqui algo pior do que ocorreu após o resultado das eleições americanas, com a invasão do Capitólio. 

Questionado sobre o procedimento que poderia ser adotado, caso haja contestação do resultado das eleições de outubro, o ministro disse que o TSE trabalha com algumas condições para contornar a questão. Aí a coisa desandou. Ele disse que o Judiciário não aceitará uma intervenção das Forças Armadas no processo eleitoral. Todo mundo sabe que a inteligência cibernética das Forças Armadas foi convidada pelo TSE, para colaborar sobre a segurança do sistema eletrônico das urnas.

 Aí, quando o comitê apresentou inconsistências no sistema e solicitou correções, o TSE, deixou de acatar várias delas. Depois, Fachin foi em frente e afirmou que a sociedade civil deve expressar o anseio de viver numa sociedade democrática e que deve haver apoio do parlamento ao TSE e ao STF. Só não explicou porque, a todo o momento, o STF invade outros poderes inclusive anulando decisões do legislativo e do executivo. O ministro falou também sobre o necessário apoio da imprensa, escondendo o quanto a imprensa adula o STF, a ponto de ocultar as pesquisas de opinião contrárias à Corte, além das manifestações de rua pedindo respeito ás leis. Ministros podem correr o mundo falando em democracia, transparência nas eleições e segurança das urnas. Não trarão a confiança de volta, enquanto na prática suas ações refletirem insegurança jurídica, falta de transparência e desrespeito à Constituição que juraram defender.

Vicente Lino.

 

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