segunda-feira, 30 de agosto de 2021

 EM DEFESA DA LIBERDADE DE OPINIÃO.


O Professor e Juiz de Direito, Max Paskin Neto, em excelente entrevista ao jornal Gazeta do povo, confirma as críticas que a sociedade brasileira tem feito sobre as últimas decisões do STF. Vale a leitura de seu ótimo livro “O direito de ser rude”, onde ele expõe intransigente defesa das liberdades.

 Num momento em que o STF, interpreta merecidas críticas como ataque ás instituições e proíbe o debate, Max Paskin defende que numa sociedade que se diz democrática é preciso dar espaço aos diferentes discursos, inclusive o odioso. Por aqui, foram criados os imaginários gabinetes do ódio, ataque as instituições e atos antidemocráticos, saídos da cabeça não se sabe exatamente de quem. Na prática, essa coisa toda tem significado um golpe nas liberdades de opinião e expressão.

 Em seu livro, o professor e Juiz Max Paskin, afirma que garantir aos cidadãos o direito de ser rude é assegurar o pleno exercício da liberdade de expressão e de imprensa, pois qualquer investida contra uma ou outra representa um retrocesso incompatível com o desenvolvimento econômico e social que se deseja ao Brasil. Os ministros do STF deveriam entender que nunca são atacados quando o que a sociedade quer e merece é o irrestrito respeito ás leis, ás vezes negado por nossa mais alta Corte. Boa parte da sociedade brasileira faz coro com o professor Max, quando ele afirma que precisamos abrir um espaço permissivo para opinar, informar, formar e até mesmo ser rude. É assim nas verdadeiras democracias, acrescentamos nós.

 As prisões do jornalista Oswaldo Eustáquio, do deputado federal Daniel Silveira e do ex-deputado Roberto Jefferson, dentre outras ações, vão na contramão de tudo o que o juiz Max Paskin e boa parte da sociedade brasileira defendem. Resta esperar que suas excelências sejam sensíveis aos apelos da sociedade e voltem aos trilhos da racionalidade, do respeito ás leis e à Constituição. 

Vicente Lino.



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