
NOSSAS DESIGUALDADES.
Em meio às nossas constantes
dificuldades, na política, na economia e em toda a enxurrada de trapalhadas e
desgovernos que nos trouxeram à essa imensa desigualdade, talvez valesse a pena
refletir porque descemos tanto.
Raramente são discutidas as
causas estruturais desse problema. E que não se pense somente nas desigualdades financeira e econômica. Há a inexpugnável desigualdade jurídica, e aí, a justificativa é sempre o bordão: “está na constituição.
Claro que
está na Constituição, pois foram os privilegiados que a escreveram. Os deputados constituintes, foram escolhidos pelo povo, mas a Constituição não tem a cara do povão. Cá entre nós, você acredita, sinceramente, que o povão aprovaria que 55.000 pessoas tivessem
foro especial e não pudessem ser julgados pelos seus crimes, por juízes de
primeira instância? Ou que aprovaria o auxílio-moradia para essa moçada toda do judiciário, mesmo os que moram na mesma cidade em que trabalham? Ou, a gente aprovaria a
aquisição de lagostas e vinhos, com, ao menos, 4 premiações internacionais,
para suas excelências do STF? Claro que não!
Recentemente, ministros do
STF se pronunciaram, meio que concordando, com o impeachment do Presidente, por
conta das besteiras que ele fala todo dia, ou de suas nomeações e demissões no
governo. Esse mesmo STF acha normal que o povão sustente seus privilégios, seus
altos salários, suas mordomias, além da acomodação de seus apaniguados. Sabem qual
é a resposta? “Está na Constituição.
Claro que está. Como está, também, que
cabe ao Presidente da República nomear os integrantes de seu governo. O
Colunista Fernão Lara Mesquita expõe, de forma categórica, seu ponto de vista.
Afirma ele:
“Os doutores Alexandre de Moraes e Celso de
Mello que afirmam de dedo em riste que “o presidente não pode servir-se do
aparato do estado para satisfazer seus interesses particulares” são os mesmos
que se servem e suas famílias e apaniguados, em padrões de potentados
orientais e impõem que uns paguem a pandemia com a extinção dos seus empregos e
salários miseráveis enquanto outros fiquem incólumes sustentados pelos
primeiros.”
Em meio à pandemia, com milhares de
mortos e infectados, com a perda de inúmeros empregos e o estouro do orçamento
público, sabemos o que nos espera lá na frente até retornarmos à normalidade. A
doença mostra o heroísmo e o desprendimento dos nossos profissionais da saúde,
em meio ao caos que “politizou” descaradamente o vírus. As notícias de desvio de recursos e
apropriação das verbas, com fins ilícitos já se espalham pelo país, com a
polícia no calcanhar da tigrada de sempre. A crise na saúde tem seus motivos.
Voltemos ao colunista, Fernão Lara: “A saúde pública sempre viveu no limiar
do colapso porque os hospitais e equipamentos que os governadores e prefeitos
não têm, como tudo o mais no Brasil, foram transformados em aposentadorias
precoces e contratações em dobro de funcionários indemissíveis para todo o sempre
com direito a aumentos anuais automáticos que consomem tudo e mais um pouco do
que os governos arrecadam com a carga de impostos economicamente necrosantes
mais tóxica e pesada do planeta” .Concordamos todos e
acrescentamos que quando
denunciamos essas atrocidades, eles respondem: “Está na Constituição”!
Claro que está na Constituição, pois foram eles que colocaram para o povo pagar a conta do luxo deles com o dinheiro da população.
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