sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

O prometido corte de gastos nunca chega e compromete o crescimento.


Como o verdadeiro corte de gastos nunca chega, as últimas decisões do governo aumentaram as projeções de aumento para a inflação, do dólar e dos juros para 2024 e 2025. É a reação ao tímido pacote fiscal que não convenceu o mercado. O crescimento de agora, baseado em gastos do governo não se sustenta e virá recessão em 2025 e nos próximos anos.

Como se sabe, tem sido perda de tempo os alertas do mercado, quando o governo insiste em afirmar que gasto é investimento, embora a gente não saiba onde está esse investimento. O que sabemos é que de janeiro a agosto deste ano, as estatais acumularam rombo de R$ 7,2 bilhões, o maior déficit da série histórica iniciada em 2002. Sabemos também que, pela primeira vez na história, a Dívida Bruta do Governo atingiu R$ 9 trilhões, e equivalente a 78,6% do Produto Interno Bruto.

No atual governo Lula, até agora essa dívida bruta já soma R$ 1,8 trilhão e a equipe econômica não tem competência nem força para implementar o robusto corte de gastos que o momento exige. Ao contrário, a intenção é arrecadar mais e, assim, cobrir parte desse rombo com bilhões de reais extras dos impostos. O governo nem pensa em cortar gastos, principalmente no andar de cima da máquina pública. Há exemplos; o Brasil gasta com o seu poder judiciário 160 bilhões de reais, valor que representa 1,6% do PIB. O triplo do que gastam os países emergentes onde a conta média é de 0,5% do PIB. 

Os salários, benesses e penduricalhos do pessoal ativo e inativo de suas excelências consomem 84% do orçamento. Na outra ponta está uma moçada que o governo também não tem coragem de mexer. As renúncias e benefícios fiscais representam R$ 215 bilhões em impostos que o governo deixa de cobrar ou oferece em incentivos aos mais diversos setores da economia, ainda que sem um acompanhamento da qualidade desse gasto tributário. Sem o corte de gastos o futuro aponta para aumento dos juros, da inflação e baixo crescimento da economia.
Vicente Lino.

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