O prometido corte de gastos nunca chega e compromete o crescimento.
Como se sabe, tem sido perda de tempo os
alertas do mercado, quando o governo insiste em afirmar que gasto é
investimento, embora a gente não saiba onde está esse investimento. O que
sabemos é que de janeiro a agosto deste ano, as estatais acumularam rombo de R$
7,2 bilhões, o maior déficit da série histórica iniciada em 2002. Sabemos
também que, pela primeira vez na história, a Dívida Bruta do Governo atingiu R$
9 trilhões, e equivalente a 78,6% do Produto Interno Bruto.
No atual governo
Lula, até agora essa dívida bruta já soma R$ 1,8 trilhão e a equipe econômica não
tem competência nem força para implementar o robusto corte de gastos que o
momento exige. Ao contrário, a intenção
é arrecadar mais e, assim, cobrir parte desse rombo com bilhões de reais extras
dos impostos. O governo nem pensa em cortar gastos, principalmente no
andar de cima da máquina pública. Há exemplos; o Brasil gasta com o seu poder
judiciário 160 bilhões de reais, valor que representa 1,6% do PIB. O triplo do
que gastam os países emergentes onde
a conta média é de 0,5% do PIB.
Os salários, benesses e penduricalhos do
pessoal ativo e inativo de suas excelências consomem 84% do orçamento. Na outra
ponta está uma moçada que o governo também não tem coragem de mexer. As
renúncias e benefícios fiscais representam R$ 215 bilhões em impostos que o governo deixa de cobrar ou
oferece em incentivos aos mais diversos setores da economia, ainda que sem um acompanhamento
da qualidade desse gasto tributário. Sem o corte de gastos o futuro aponta para
aumento dos juros, da inflação e baixo crescimento da economia.
Vicente Lino.
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