Aula aos ministros do STF.
Ele ensina que a
absolvição de Lula foi uma decisão política na tentativa de pacificação do
país. Como se sabe, a primeira coisa a se verificar, ao ingressarmos com uma
ação, é se o juiz é competente ou não para julgar o caso. No processo que tirou
Lula da cadeia tivemos um juiz, três desembargadores, cinco ministros do
Superior Tribunal de Justiça e onze ministros do Supremo Tribunal Federal que
entenderam que o juiz Sergio Moro tinha competência de foro para julgar o
processo.
Só algum tempo depois, estranhamente, se descobriu que havia uma
incompetência territorial para aquele julgamento. Tudo foi anulado, Lula saiu
da cadeia e o resto a gente já sabe. Agora, o Mestre sugere outra tentativa de
pacificação nacional, ou seja, a revisão de todos os processos referentes ao
dia 8 de janeiro. Segundo ele seria, de fato, um gesto de monumental grandeza
do Supremo se aquela Corte revisasse os processos dos baderneiros de 8 de
janeiro, já que jamais poderiam ter dado um golpe de Estado, porque não tinham
armas. Yves Gandra Martins conclama suas excelências, em especial o ministro,
Alexandre de Moraes, ao concluir que “talvez pudéssemos começar por aí um
grande processo de pacificação para tentar reduzir essa radicalização que não
faz bem à nação e passássemos a discutir ideias, e não atacar pessoas”.
É o que
temos; nossa maior autoridade jurídica acaba de proferir aula de Direito,
prudência e, principalmente, bom senso. Seus ensinamentos exibem sentimento de
paz, bondade e esperança para milhares de brasileiros. Do lado de cá, resta
orar para que os ministros do STF tenham grandeza, coragem e, principalmente,
humildade, para acolher as sugestões do grande mestre. Não sabemos, mas talvez
seja pedir demais.
Vicente
Lino.
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