SUAS EXCELENCIAS GASTAM 2 BILHÕES EM INDENIZAÇÕES.
Por Vicente Lino
Toda
hora os fatos comprovam que temos duas classes de cidadãos no Brasil. O povo
que paga a conta e a moçada que vive encastelada nos poderes da república. Vale
lembrar o noticiário recente sobre mais uma do Judiciário. Como se sabe, o
órgão consome anualmente 100
bilhões do nosso suado dinheiro. Não se sabe como
colocar freio nessa gente, pelo simples fato de que cabe ao Poder Judiciário
elaborar sua proposta orçamentária. Aí, o STF aprova os gastos na esfera
federal e os Tribunais de Justiça aprovam os gastos nos estados. Como se vê é
fácil. Eles aprovam o orçamento e eles mesmo gastam o dinheiro. Fica parecido
com o Congresso quando decidiu criar o fundão eleitoral e depois aumenta-lo para
6 bilhões. A gente que paga fica de fora.
Por isto mesmo e por estar previsto nas leis que fazem para si próprios, os cinco maiores tribunais do país gastaram R$ 1,4 bilhão de reais em pagamentos retroativos e R$ 870 milhões em indenizações de férias. Essa imoralidade acontece, num momento em que o governo federal busca recursos para pagar o Auxilio Emergencial tentando, ao menos, mitigar os males sofridos por boa parte da população, por conta da pandemia da Covid-19. Conforme reportagem de Lucio Vaz, para a Gazeta do Povo, no Tribunal de Justiça de Minas Gerais pelo menos 10 juízes receberam pagamentos extras em torno de R$ 1,7 milhão mil reais cada um! Entre retroativos, indenizações de férias e férias-prêmio, o tribunal torrou R$ 1 bilhão e duzentos milhões de reais.
Os campeões mineiros destes inaceitáveis gastos foram os desembargadores
Lauro Bracarense (R$ 1,75 milhão), Paulo Tinoco (R$ 1,75 milhão) e Lauro
Pacheco Filho (R$ 1,74 milhão). Questionado sobre essa dinheirama toda, num
momento de escassez de recursos, o Tribunal de S. Paulo afirmou que “as medidas
contingenciais adotadas para o enfrentamento da pandemia da Covid-19 foram
detidamente analisadas refletindo na possibilidade de pagamentos de verbas
retroativas para magistrados e servidores”. A tradução do palavrório é o
seguinte. A gente gasta quanto quiser e vocês pagam calados. Pensando bem, do
jeito que as coisas andam, a resposta poderia ser até bem pior.
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