quinta-feira, 10 de junho de 2021

 BLINDAGEM QUE DESMORALIZA.



A gente acompanha, com muita tristeza, o permanente esforço dos Poderes Legislativo e Judiciário, para restringir e dificultar as ações da polícia federal, no combate aos criminosos, principalmente os ladrões de colarinho branco. Gradualmente, a Operação Lava jato vem sendo desmontada o que torna a prisão de políticos praticamente impossível. Os números comprovam essa obscenidade patrocinada pelo nosso Poder Judiciário e confirmam a impunidade dos poderosos.

 Dos 42 políticos denunciados, 21 foram condenados, mas somente um está preso, o ex-Governador Sergio Cabral. Em outros casos, a Polícia prendeu, mas a Justiça soltou. O notório Eduardo Cunha já abandonou até a tornozeleira eletrônica e deixou a prisão domiciliar por causa dos riscos relacionados à pandemia. Pelo menos, este é o papo da Justiça, que pelo mesmo motivo mandou pra casa, os deputados Paulo Melo e Edson Albertassi, ambos do MDM, do Rio, além do ex-ministro de Lula, Geddel Vieira Lima, condenado a l4 anos de cadeia.

 Depois o premiado foi o ex-deputado, Antônio Palocci que havia sido condenado a 12 anos de cadeia, mas foi liberado para cumprir pena em casa. O glorioso STF, derrubou a prisão em 2ª instância, soltou Lula e o tornou elegível. Junto com ele saiu José Dirceu que havia sido condenado a 30 anos de cadeia. Por enquanto o que a Justiça quer é prender o ex-juiz Sergio Moro, para espanto do Brasil que presta. O Congresso quer aprovar leis para atrapalhar, mais ainda o combate a corrupção e proteger os criminosos de sempre. Estão lá os projetos; Lei de Proteção de Dados Criminais, Mudanças na Lei de Lavagem de Dinheiro e Alterações na Lei de Improbidade Administrativa.

 Em todos eles estão embutidos mecanismos capazes de facilitar a vida dos criminosos de colarinho branco. Estamos assistindo poderes da República blindar os seus delinquentes, dificultar as investigações e botar rapidamente na rua, aqueles poucos que, com muita dificuldade ainda são presos. Essa gente nunca vai parar de nos envergonhar.

Vicente Lino.



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