sábado, 27 de junho de 2020

O VALE-TUDO CONTRA BOLSONARO.

Em tempos de desrespeito às leis pelo STF ,com o silêncio da grande imprensa, e em conspiração das oposições, o jornalista Jose Roberto Guzzo exibe texto onde decifra, com a coragem e lucidez de sempre, o momento atual. Por concordar, divido-o com os amigos da coluna:

Fala Guzzo:

O caminho para trocar o presidente por um outro não é valer-se do submundo da lei criado em Brasília pelo STF

A política brasileira de hoje tem apenas uma questão de verdade: o esforço para impedir que as eleições presidenciais de 2022 aconteçam como está previsto no calendário legal ou, mais exatamente, para não permitir que o atual ocupante do cargo seja um dos candidatos. Seus adversários, de todas as naturezas e de todos os cantos da vida política, não falam abertamente que querem isso. Mas passaram a admitir em silêncio, cada vez mais, que será preciso encontrar alguma pirueta legal para se livrarem com 100% de certeza daquele que, em sua opinião, é o causador de todos os grandes problemas que o Brasil tem hoje. Se nada for feito e as eleições correrem normalmente, acreditam eles, Jair Bolsonaro vai acabar ganhando — e mais quatro anos com o homem no governo, além dos dois e meio que ainda tem pela frente em seu primeiro mandato, é algo que “o país não aguenta”.


E por que não aguentaria? Porque o consórcio político do tipo xis-tudo que se formou contra o bolsonarismo, sob a liderança e a condução do Supremo Tribunal Federal, não aceita a ideia de perder seu futuro — ou seja, de passar os próximos seis anos e meio, e sabe lá quantos mais depois disso, vivendo fora do governo. Como não quer Bolsonaro, nem as consequências de Bolsonaro, decidiu que o Brasil também não quer. As palavras-chave em sua campanha são “democracia”, ou “defesa da democracia”. Resolveu-se que o atual governo é incompatível, simplesmente, com a manutenção de um regime democrático no Brasil. Nessas condições, definidas unicamente por eles mesmos, os condutores do bonde anti-Bolsonaro decidiram que têm o direito de romper com as leis hoje em vigor, pelas quais o presidente deve ficar em seu cargo até 1º de janeiro de 2023 e pode concorrer à reeleição, em nome de um “interesse maior” — a salvação da democracia e da pátria.

Por Jose Roberto Guzzo.

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