O VALE-TUDO CONTRA BOLSONARO.
Em tempos de desrespeito às leis pelo STF ,com o silêncio da grande imprensa, e em conspiração das oposições, o jornalista Jose Roberto Guzzo exibe texto onde decifra, com a coragem e lucidez de sempre, o momento atual. Por concordar, divido-o com os amigos da coluna:
Fala Guzzo:
O caminho para trocar o
presidente por um outro não é valer-se do submundo da lei criado em Brasília
pelo STF
A política brasileira de hoje tem apenas
uma questão de verdade: o esforço para impedir que as eleições presidenciais de
2022 aconteçam como está previsto no calendário legal ou, mais exatamente, para
não permitir que o atual ocupante do cargo seja um dos candidatos. Seus
adversários, de todas as naturezas e de todos os cantos da vida política, não
falam abertamente que querem isso. Mas passaram a admitir em silêncio, cada vez
mais, que será preciso encontrar alguma pirueta legal para se livrarem com 100%
de certeza daquele que, em sua opinião, é o causador de todos os grandes
problemas que o Brasil tem hoje. Se nada for feito e as eleições correrem
normalmente, acreditam eles, Jair Bolsonaro vai acabar ganhando — e mais quatro
anos com o homem no governo, além dos dois e meio que ainda tem pela frente em
seu primeiro mandato, é algo que “o país não aguenta”.
E por que não aguentaria? Porque o consórcio político do tipo xis-tudo
que se formou contra o bolsonarismo, sob a liderança e a condução do Supremo
Tribunal Federal, não aceita a ideia de perder seu futuro — ou seja, de passar
os próximos seis anos e meio, e sabe lá quantos mais depois disso, vivendo fora
do governo. Como não quer Bolsonaro, nem as consequências de Bolsonaro, decidiu
que o Brasil também não quer. As palavras-chave em sua campanha são
“democracia”, ou “defesa da democracia”. Resolveu-se que o atual governo é
incompatível, simplesmente, com a manutenção de um regime democrático no
Brasil. Nessas condições, definidas unicamente por eles mesmos, os condutores
do bonde anti-Bolsonaro decidiram que têm o direito de romper com as leis hoje
em vigor, pelas quais o presidente deve ficar em seu cargo até 1º de janeiro de
2023 e pode concorrer à reeleição, em nome de um “interesse maior” — a salvação
da democracia e da pátria.
Por Jose Roberto Guzzo.
Por Jose Roberto Guzzo.
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