segunda-feira, 18 de maio de 2020

O LABIRINTO.



Não sabemos quando a pandemia vai acabar, quantos morrerão, quantos serão infectados, quantos serão curados e, principalmente se o vírus voltará a infernizar nossa vida, daqui a pouco. Tudo é incerteza neste mar de interesses escusos, campanhas políticas antecipadas, recursos desviados e informações inconsistentes. Nossos políticos, com as exceções de praxe, estão sempre aquém do que esperamos e merecemos.  Transformam uma séria crise em irresponsáveis palanques eleitoreiros. A dispensa para as licitações abre a porteira para todo tipo de assalto aos cofres públicos. Basta ler jornais ou assistir ao famigerado noticiário que nos inferniza, o dia inteiro. Ora com o número de mortos sendo quase que celebrado, ora com as notícias de superfaturamento, na aquisição de equipamentos.

Cada emissora tem um especialista pra chamar de seu e, enquanto nem as emissoras nem os tais especialistas se entendem, ficamos nós, pobres pagadores de impostos caminhando, ás cegas, por este infernal labirinto.
 O distanciamento deve ser horizontal ou vertical? Não se sabe. A cloroquina ajuda ou não ajuda? Não se sabe. As pessoas podem ser infectadas, mesmo ficando em casa? Não se sabe.


Enquanto isto segue o debate de surdos, sobre o que mata mais. A pandemia ou a fome que nos espreita, logo ali na primeira esquina. Acaba de ser divulgado um relatório da FAO – Organização das Nações Unidas, para o combate á fome, dando conta de que, em 2020, teremos o dobro de crianças morrendo de fome, comparado á 2019. Os números são estarrecedores; 130 milhões de pessoas, morreram de fome, em 2019. Serão 260 milhões em 2020, por conta das consequências desastrosas do fechamento das atividades econômicas, no mundo todo.

Esses números não deveriam provocar um sério e competente debate em nosso país e no mundo? Por que a imprensa não traz essas informações e convida especialistas (de verdade) pra tratar dessa questão? Preferem passear pelo labirinto para o qual nos conduziram. Estamos todos perdidos.

O comentarista político Dennis Prager, dos Estados Unidos, fez recentemente uma observação perturbadora: Ele disse: “O lockdown mundial é não apenas um erro, mas também, possivelmente, o pior erro que o mundo já tenha cometido”.
Prager conclui dizendo que; “a maneira com que essa gente toda está administrando a covid-19 é, na verdade, o resultado da soma de trapaça, covardia e imaturidade que dominam hoje o planeta Terra, porque as elites são trapaceiras, covardes e imaturas”.

Impossível não concordar com ele, quando assistimos ao festival de insanidades promovido por nossas autoridades, nos três poderes, com a colaboração da imprensa, claro. Quando o novo desastre nos atropelar, daqui a pouco, todos eles arranjarão desculpas e seguirão brandindo as bandeiras da incompetência, da desonestidade e do oportunismo de sempre.

Vicente Lino.

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