A IMPORTÂNCIA DAS MEDIDAS FISCAIS.
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| Paulo Guedes, Bolsonaro e Roberto Campos Neto | 
Nesses momentos
de apreensão e alguma histeria, encontrei interessante artigo no site do
INSTITUTO MILLENIUM, que divido com os amigos da coluna.
Lá está escrito:
Apenas as
desestatizações geraram R$ 105,4 bi aos cofres públicos. Governo anunciou
liberação de R$ 147 bi para o combate ao vírus
A economia global é uma das vítimas
da pandemia do Coronavírus. O surto da doença abalou as bolsas de valores,
sacudiu mercados e aumentou o medo de uma recessão. O vírus foi, também, uma
surpresa inesperada para a economia brasileira, que vinha se recuperando de uma
grave crise com o andamento de reformas estruturais e a adoção de medidas de
controle fiscal. No início da semana, o governo anunciou a liberação de R$ 147
bilhões nos próximos três meses, com o intuito de blindar o Brasil dos impactos
do avanço do Coronavírus. Uma parte do programa será destinada aos idosos; e a
outra, um montante de R$ 60 bi, à manutenção de empregos.
Embora a situação esteja crítica, o
cenário poderia ser pior caso a pandemia chegasse alguns anos atrás. Acumulando
déficits bilionários e envolto em uma das maiores recessões da história, o
Brasil teria mais dificuldades em aportar recursos para o combate ao vírus. É
verdade que o processo de recuperação das contas públicas ainda não acabou: há
muitas reformas e mudanças pela frente. No entanto, graças a medidas tomadas ao
longo dos últimos anos, o país hoje se encontra mais forte e preparado para dar
as respostas corretas diante deste grande desafio global que se impõe.
Muitas das reformas serviram como uma
das armas para sustentar os recursos extras que o Brasil precisa dispor para
enfrentar o Coronavírus. Um dos exemplos mais claros neste sentido são as
privatizações. Em 2018, o Estado brasileiro detinha participação direta ou
indireta em 698 empresas. Em um ano e três meses, 78 instituições foram
desestatizadas. Além disso, estatais como Telebras, Ceagesp e Correios devem
ser privatizadas até 2021. Essa medida gerou, apenas em 2019, um montante de R$
105,4 bilhões aos cofres públicos.
Para se ter uma ideia da economia do
programa de desestatização, entre 2009 e 2018, estatais dependentes e não
dependentes custaram R$ 190 bilhões aos cofres públicos. Um dinheiro até então
investido em empresas muitas vezes não lucrativas, que poderia ser destinado a
outras áreas importantes para a população: incluindo o combate em momentos de
crise, como este em que estamos vivendo.
Sim, é verdade que o Coronavírus
afeta a economia: não só aqui, como em qualquer lugar do mundo. Também é
verdade que, sem as reformas e medidas de austeridade, o cenário seria ainda
mais crítico do que o atual. Após a pandemia, é o momento de avançar com a
agenda de privatizações e reformas fiscais. É importante perseguir um superávit
primário para que a dívida pública, a absurdos 80% do PIB, se estabilize. Isso
porque o excesso de gastos e a atual ineficiência drenam recursos de
investimentos e comprometem muito as políticas públicas. É bom reforçar,
também, que o reconhecimento de calamidade pública não elimina a necessidade de
cumprimento do teto de gastos ou da regra de ouro.
Não é hora de desanimarmos.
Precisamos vencer, juntos, este momento crítico da história global. Agora, mais
do que nunca, devemos exercer nosso papel como cidadãos. Cabe a nós, enquanto
população, respeitar as orientações de prevenção e cuidado com o vírus. Por
outro lado, os políticos devem priorizar as medidas importantes para a
população e economia, tendo consciência de que a agenda pública deve continuar.
Com a união de toda a sociedade, sairemos ainda mais fortalecidos deste
desafio.
Vicente
Lino – Extraído de INSTITUTO MILLENIUM


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