terça-feira, 20 de setembro de 2016

FUNCIONALISMO PÚBLICO. VAMOS FALAR DELES?


Talvez seja correto afirmar, que a recuperação do Estado começou com a saída da “presidenta”.

Mais do passou da hora de jogar luz sobre sua entourage. Não me refiro somente aos que a acompanham e a servem, como sempre, ás custas do nosso dinheirinho. 

Falo da monstruosidade de funcionários públicos considerados inadmissíveis por conta do tal do direito adquirido e o que custam a nós, simples mortais.

Sem falar que estão já pintados para a guerra, quando se fala em reforma, corte de privilégios e alguma coisa que os equipare aos outros brasileiros, agora chamadas ao sacrifício, mais uma vez, para cobrir o recorrente rombo nas contas públicas.

Não custa lembrar que;

- Os  seus salários são corrigidos acima da inflação. Os “penduricalhos” embutidos em forma de “auxílios”, “adicionais”, “gratificações”, “abonos” e outras mutretas não pagam impostos, o que agrava a arrecadação.

- Não podem ser demitidos, mas ganham muitas vezes mais (200% a mais) do que os trabalhadores da iniciativa privada, em cargos equivalentes, conforme pesquisa da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas.

- Nós, pobres coitados, somos demitidos porque as empresas, escorchadas pelos impostos e pela recessão, precisam diminuir custos, o que não acontece com os “concursados”.

- As aposentadorias de suas “excelências” (do setor público) consomem 30 vezes mais do que as aposentadorias do setor privado. Acontece que “eles” (excelências do setor público) têm 30 vezes menos beneficiados do que os trabalhadores da iniciativa privada. 

 Escandaloso! Com trinta vezes menos beneficiados, consomem trinta vezes mais do que, nós, pobres mortais.

Porque ninguém fala nisso?   Porque em um mesmo país há tanta diferença de benesses, salários e aposentadorias? Porque são eles que fazem as leis. São eles que apoiam aqueles que fazem as leis. Ou não?

É por isso mesmo que temos 140 estatais e já sabemos para o que elas servem, não é? Os exemplos estão aí, com Petrobrás, Caixa, Correios, Banco do Brasil, Eletrobrás, BNDES e seus respectivos fundos de pensão falidos, carcomidos pela ganância, pela roubalheira e pelo objetivo, conforme atestam as investigações, de manutenção do poder de um grupo de partidos políticos.
É preciso urgentemente trazer para o centro do debate esta obscena diferença com que são tratados os trabalhadores da iniciativa privada e os funcionários do Estado. Afinal, somos todos brasileiros e, agora na hora de pagar a conta, os que ganham muito menos, pagarão pelos que ganham muito mais.
Como sempre foi, aliás.

Vicente Lino

2 comentários:

  1. Parabens Lino. Clareza e objetividade.

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  2. A Inglaterra tem um PIB mito parecido com o nosso e arrecada apenas 24% de impostos, enquanto nós 36%, portanto, nosso governo tem muito mais grana para governar.
    Pergunta. Porque será que os serviços e ordem pública lá são tão melhores? Terá alguma coisa a ver com a quantidade e qualidade do funcionalismo público?

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