sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

BRASIL 2023! 

 Por Ernani L. P. de Souza.

 
2023 será um ano de horizonte de curto prazo sombrio e desesperançoso.

Apesar da euforia com o gasto público materializado na PEC da gastança, fura teto e da vergonha, além da recriação e criação de ministérios disfuncionais, em nome da governabilidade, nosso futuro será tão incerto como o nosso passado.

Para se ter uma ideia, concreta, desses apontamentos iniciais, os economistas do grupo A estão estimando resultado orçamentário primário deficitário (diferença entre receitas e despesas, sem juros da dívida) em torno 2,1% do PIB. Isso em números absolutos seria algo por volta de R$ 223.230.000.000, resultante da estimativa de PIB de 10.630 trilhões de reais. O Senado Notícias aponta um déficit de R$ 231.500.000.000 (dez.2022).

Oportuno mencionar que o Orçamento Geral da União representa 50,28% do PIB brasileiro (números para 2023); muito recurso público para um país de renda média e em busca do desenvolvimento.

Questão maior é que o governo que assume em janeiro próximo, tem a ideologia de que Estado deve liderar processo de crescimento, ou, no mínimo, deve estimular o setor privado com seus gastos, mesmo que fora de lugar, geradores de euforia momentânea, porém, insustentáveis no médio e longo prazos.

É certo que, por isso, fez com que ALESINA & GIAVAZZI, 2002, escrevessem sobre a História Sem Fim da América Latina, quando afirmaram: "os governos em toda a região são muito grandes, em comparação com sua capacidade de levantar receitas através dos tipos normais de tributação. Até que essa questão vital seja solucionada, as crises serão a norma, porque a decisão econômica fundamental com que se defrontam esses países continuará a ser entre aumentar a receita através de inflação ou deixar a dívida crescer." Enfatizam, ainda, que, o ciclo típico começa quando a autoridade econômica permite que a inflação cresça.

Infelizmente, essa é a história sem fim do Brasil, também, principalmente, no que tange, ao efeito-sanfona da nossa política econômica, isto é, hora aberta e expansionista; hora fechada e contracionista, o que têm atrasado e atropelado nosso processo de crescimento e desenvolvimento.

O fato completo é que, por mais que se tenha um Banco Central independente e autônomo, a política fiscal insiste em atender interesses mais imediatistas, pouco pautados na boa técnica da economia do setor público.

Resta ponderar, que, sem dúvida, o Estado é um ente relevante em qualquer sociedade, todavia, com a modernidade cada vez mais intensa, ele há de ser um fazedor de ambiente, fundamentado em toda riqueza do conhecimento teórico-pragmático da economia institucional.

A propósito, se olharmos para o Índice de Liberdade Econômica, veremos o quanto estamos atrasados nesse quesito, e espero que não retrocedamos nesse atual governo-lampião, em termos da recém-criada Lei de Liberdade Econômica no Brasil.

Em finalização, somos cientes da importância do gasto social que atenda aos idosos, deficientes, doentes, os sem rumo na vida, e o futuro, as crianças; entretanto, será relevante ter foco milimetrado nessa questão para evitar desperdício de recursos com gastos concorrentes, algo que poderá ser acompanhado de perto pela plataforma da Embrapa Territorial.

Atemo-nos às nossas mazelas bicentenárias, porém, não será com mais Estado fora de lugar, obeso e concentrador de renda (CANUTO, 2018, 2020 e 2022) que alcançaremos mais Democracia, mais Justiça e mais Economia.

 

Ernani L. P. de Souza, 60, economista da UFMT/PROADI/GLA, especialista em DRH pela UFAL/MEC-BID III, mestre em planejamento do desenvolvimento pela ANPEC/UFPA/NA

terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Mais ministérios para acomodar nulidades.


 "A decadência institucional brasileira está chegando a um ponto de saturação. Os metais que sustentam o sistema republicano estão em vias de derreter"

Sebastião Ventura Paixão Jr. 

É onde estamos.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

No Dia Internacional de Combate à Corrupção não há o que comemorar.


 A enorme corrupção que sempre atrasou o país, ainda não encontrou antídoto eficaz. Nesta toada continuaremos sempre lidando com criminosos, nos três poderes, enquanto tentamos melhores condições de vida para o povo.

As mensagens tristes da diplomação!


 Os discursos de Alexandre de Moraes e Lula enviaram tristes sinais de intolerância e arrogância. Além de ameaças ao povo que protesta pacificamente. O que vem por aí, não é o merecido respeito ao povo brasileiro.

A ausência de virtude na Política!


 Sebastião Ventura Paixão:

 "No cair da tarde, o Brasil navega completamente sem rumo. A Constituição deixou de ser nossa bússola. O choque de poder é frontal. A legalidade afunda. O desentendimento reina. A democracia sofre. O povo agoniza. A civilização retrocede."


sábado, 8 de outubro de 2022

 CONTINUAMOS ANDANDO, APESAR DOS PESARES.

A despeito de todas as consequências da pandemia e da guerra entre Rússia e Ucrânia — inflação global, diminuição da liquidez internacional, elevação das taxas de juros no mundo, falta de insumos, gargalos nas cadeias produtivas, elevação do preço de commodities e crise energética —, o Brasil deverá apresentar um crescimento acima de 3% (projeção do FMI) e uma inflação abaixo de 6% (previsão do Relatório Focus do Banco Central). O desempenho do PIB e da inflação brasileira neste ano deverá ser melhor do que o dos EUA e o da Zona do Euro. Talvez, em 2022, o Brasil cresça mais do que a China, segundo as previsões do próprio FMI.