Ação do PSOL exige multa da Prefeitura de São Paulo por não fazer abortos.
Recentemente,
a Agencia Brasil publicou texto do Conselho Federal de medicina onde a entidade
reconhece o direito de mulheres vítimas de estupro de se submeterem ao aborto
garantido por lei. Como se sabe essa é uma questão que, além de exigir
cuidadosa análise das evidências científicas traz também, inevitáveis
implicações éticas. O debate abriga argumentos, às vezes conflitantes; um deles
entende que, desde a concepção está assegurado o direito à vida, e o outro
envolve os direitos da mulher sobre seu próprio corpo e as circunstâncias que
podem leva-la a interromper a gravidez.
As legislações sobre o tema ao redor do
mundo refletem maneiras diferentes para o enfrentamento de direitos tão conflitantes.
O desafio talvez seja reconhecer a complexidade das escolhas envolvidas e o
respeito pela dignidade humana em todas as fases do desenvolvimento. Por isso
mesmo, muitos médicos se recusam a realizar o aborto, especialmente após a 22ª
semana, período em que já há a possibilidade de vida fora do útero, o que é
amparado por diversos livros de embriologia. O PSOL, partido que não se
preocupa com nada disto acaba de ingressar com ação em que exige multa
milionária da Prefeitura de São Paulo.
A falta do que fazer é tamanha que o
partido exige o pagamento de R$ 10,9 milhões da Secretaria de Saúde, baseado em
uma decisão do Tribunal de Justiça que impôs uma multa diária de R$ 50 mil,
caso a prefeitura negasse a realização de abortos.
A insensatez do PSOL é
assinada pela deputada federal Luciene Cavalcante, o deputado estadual Carlos
Giannazi e o vereador Celso Giannazi. A maioria dos casos envolve gestações
após a 20ª semana, e muitos médicos se recusam a realizar o procedimento por
objeção de consciência. O PSOL agora quer impor cobrança de 10 milhões de quem
não acha justo matar inocente no ventre materno.
Vicente Lino.
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