sexta-feira, 10 de abril de 2020

O VÍRUS NO CONGRESSO.


Impressionante o que a pandemia está fazendo com o país, além de nos trancar em casa e destruir a economia.
Primeiro sentimos aquela esperança de país importante, quando um juiz determinou o bloqueio dos fundos eleitoral e partidário, para combate ao Coronavírus.  Durou pouco porque imediatamente a AGU e o nosso Senado consideraram a medida inconstitucional e desbloquearam o dinheiro. 

Era coisa de 3 bilhões que poderiam ser aplicados no combate à doença, ao invés de custear campanhas políticas. Coisa de país sério. Mas, linguagem do futebol, por enquanto estamos na terceira divisão ou na várzea, podendo mudar se a Câmara votar uma PEC desbloqueando os recursos.

 Vai saber. A Câmara abrir mão de 3 bilhões? Seria bom ver esses recursos transferidos dos políticos para a saúde, o que poderia salvar vidas. No momento, nossos deputados estão quietinhos.  Em seguida, o governo apresentou o que se chamou de “Plano Mansueto”. Trata-se de um programa temporário de curto prazo que permite a estados e municípios sem capacidade de pagamento terem acesso a empréstimos com garantias da União desde que façam um ajuste fiscal para recuperar suas finanças. Os Estados teriam até 2022 para recuperar suas condições e melhorar indicadores que atestam sua capacidade de pagamento. 

 Claro, que Plano subiu no telhado porque os governadores querem a securitização total das dívidas e um prazo de 35 anos para pagar, além de não cortar gastos e, muito menos, privatizar suas empresas. Como se disse acima, coisa de país da terceira divisão. Muito dinheiro, muito prazo e nenhum compromisso com a responsabilidade fiscal. Claro que a patacoada conta com o apoio do Presidente da Câmara. Por que não contaria?

Pouco depois, um médico famoso contraiu o vírus, foi para o hospital, recebeu adequado tratamento e ficou bom. Quando o Brasil ficou ansioso para saber o motivo da cura, o cara disse que “tem direito a privacidade” e que não contaria para ninguém. Alguém entendeu? É essa a ética médica que impede a divulgação da cura de uma pandemia que já ceifou a vida de 941 pessoas só no Brasil? Vai saber. Estou de acordo com o colunista Jose Roberto Guzzo, quando ele afirma que “As decisões, aqui, são tomadas em reuniões onde os presentes estão pensando em ganhar eleições, não em curar coisa nenhuma". São assim os nossos políticos.

De João Pessoa, Vicente Lino.

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